Neste artigo iremos falar sobre tratamento de Alzheimer – essa doença sem cura -, bem como quais são os tratamentos tradicionais e os benefícios da Cannabis Medicinal (CBD) para essa doença.
Causada pela perda progressiva e deterioração das funções cerebrais, como perda de memória e linguagem, o Alzheimer afeta 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% daqueles acima dos 85 anos
Muitos conhecem o triste cotidiano daqueles que já não conseguem realizar tarefas simples do dia-a-dia, ainda que sem nenhum impeditivo físico imediato.
O que veremos nesse artigo:
- Os diferentes tipos de Alzheimer
- Estágios da doença e seus sintomas
- Tratamentos tradicionais
- Tratamento com Cannabis Medicinal
Caracterizado pela deterioração das funções cognitivas, e do agravamento gradativo dessa condição ao longo do tempo, o mal de Alzheimer atinge pessoas idosas na maioria dos casos, afetando a qualidade de vida de forma considerável.
Além de provocar a perda de independência do paciente, outras funções cerebrais acabam sofrendo processo de deterioração, como perda de memória, linguagem e capacidade de raciocínio.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), o Brasil possui 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade, dentre as quais 6% foram diagnosticadas com a doença — 900 mil pessoas.
Os diferentes tipos de Alzheimer e como tratar
O Alzheimer pode ser classificado em dois tipos: de início precoce e início tardio.
Embora muito mais relacionada aos idosos, esta enfermidade pode ser detectada em pessoas entre 40 e 50 anos de idade.
Também conhecida como “Alzheimer precoce”, essa variação representa 5% do número total de casos diagnosticados da patologia.
O início tardio, por sua vez, é aquele que as pessoas têm mais contato, aparecendo após os 65 anos.
Sintomas de Alzheimer e Estágios da doença
Médicos e pesquisadores dedicados ao estudo do Alzheimer classificam a evolução do quadro a partir de fases.
Estágio Inicial
Esta fase costuma ser desconsiderada por parentes e amigos já que apresenta sintomas relacionados ao início do processo de envelhecimento, como:
- Dificuldades de fala
- Perda significativa de memória — especialmente dos acontecimentos recentes
- Perda do senso temporal — confusão com horários ou dias da semana
- Perda do senso espacial — se perde em locais familiares
- Dificuldade na tomada de decisões
- Falta de motivação
- Mudanças de humor, depressão ou ansiedade
- Oscilações emocionais
- Desinteresse por atividades até então consideradas prazerosas
Estágio Intermediário
Aqui, os sintomas já se tornam mais evidentes e corriqueiros, e as limitações acabam se impondo ao dia a dia do acometido por Alzheimer.
- Agravamento da perda de memória principalmente de eventos recentes e nomes de pessoas
- Dificuldades no gerenciamento da vida financeira, com o esquecimento de senhas bancárias e do pagamento de contas
- Incapacidade de realizar atividades domésticas — cozinhar, limpar ou ir ao mercado
- Dependência absoluta de familiares ou outras pessoas
- Incapacidade de cuidar da própria higiene pessoal (banho e vestuário)
- Avanço nas dificuldades de fala
- Agravamento dos problemas comportamentais, com oscilações emocionais, perguntas repetitivas, gritos e distúrbios de sono
- Piora na perda de senso espacial — tendência a perder-se tanto na rua, quanto em casa
- Alucinações
Estágio Final
Neste estágio, percebe-se a dependência total de supervisão de um familiar ou responsável, e é marcada por uma grande inatividade do paciente. Nesta fase, infelizmente, há intensa degradação tanto da parte física, como mental.
- Dificuldades para se alimentar
- Incapacidade de estabelecer e manter comunicação
- Não reconhecer parentes, amigos e objetos familiares
- Dificuldade de compreensão sobre o que acontece ao seu redor
- Dificuldades motoras e de locomoção
- Dificuldade na engolir comida, água ou mesmo saliva
- Incontinência urinária e fecal
- Manifestação de comportamento inapropriado em público
- Confinamento a uma cadeira de rodas ou cama
Alzheimer e como tratar tradicionalmente
O avanço da medicina permitiu que houvesse uma melhora considerável na qualidade de vida dos acometidos pelo Alzheimer, especialmente quando se atinge o “Estágio Final”.
No entanto, uma cura ainda não foi encontrada.
O que temos para combater a doença no momento é apenas uma maior compreensão de suas causas e o desenvolvimento de formas de tratamento.
Entre os métodos tradicionais, destacam-se dois: farmacológico e não-farmacológico.
Na esteira da busca por um medicamento que combata as causas do Alzheimer, médicos e cientistas vêm estudando a fundo as atividades cerebrais. Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), acredita-se que parte dos sintomas decorra de alterações em uma substância presente no cérebro chamada de acetilcolina, que se encontra reduzida em pacientes com a doença. Um modo possível de tratar a doença é utilizar medicações que inibam a degradação dessa substância.
Nos últimos 30 anos, diversas drogas foram testadas. A primeira delas foi a fisostigmina, que apesar de ter apresentado melhora na memória, deixou de ser prescrita devido a uma série de efeitos colaterais.
No Brasil, os medicamentos que atuam na preservação da acetilcolina, e que estão aprovados para uso nos casos de demências leves e moderadas, são a rivastigmina, a donepezila e a galantamina (conhecidas como inibidores da acetilcolinesterase ou anticolinesterásicos).
De acordo com a Abraz, a prescrição de medicações varia conforme cada paciente, devendo haver amplo diálogo com o médico responsável.
“Teoricamente, a resposta esperada com o uso dessas medicações é uma melhora inicial dos sintomas, que será perdida com a progressão da doença, mas há evidências de que essas drogas possam estabilizar parcialmente essa progressão, de modo que a evolução torne-se mais lenta.”, afirma a entidade.
O tratamento não-farmacológico se baseia na realização de atividades com estímulos cognitivos, sociais e físicos com o objetivo de preservar as habilidades do paciente e manter a funcionalidade.
Os melhores resultados são apresentados quando há uma combinação desses dois eixos.
Cannabis medicinal no tratamento de Alzheimer
A Cannabis medicinal vem como mais uma aliada no combate ao Alzheimer. Desde a liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a venda de medicamentos à base de CBD (canabidiol), em dezembro de 2019, essa nova alternativa farmacológica vem despertando um grande movimento de procura por parte de familiares de pacientes acometidos pela patologia.
O médico generalista Aldo Deucher, em entrevista à Valéria França, do Blog Cannabis Inc., afirma que o Alzheimer é a principal patologia entre os pacientes que procuram seu consultório. Para Deucher, o motivo está na falta de opções de tratamento.
“A família dos pacientes procura a Cannabis medicinal porque é uma terapia que dá resultados positivos e rápido”, diz o médico. “É revolucionário. Não estou falando de cura. Eles continuam sendo pacientes com Alzheimer. Mas o quadro do paciente muda significativamente”, afirma.
Diversos estudos estudos in vitro e in vivo demonstraram que os canabinoides podem combater as seguintes características da doença:
- Estresse oxidativo, que acelera o processo de envelhecimento
- Neuroinflamação, envolvida na progressão da doença
- Formação de placas amilóides e emaranhados neurofibrilares, responsáveis por grande parte dos sintomas conhecidos do Alzheimer
O tratamento com CBD ainda pode ajudar a proteger e estimular a formação de novos neurônios no cérebro, proporcionar uma melhora de humor, apetite e sono, além de reduzir estresse, ansiedade e agressividade.
Estudos revelam que os canabinoides também ajudam a reduzir sintomas relacionados à demência, como distúrbios comportamentais.
Como usar Cannabis medicinal no tratamento de Alzheimer junto com um acompanhamento especializado
Para garantir a eficácia de um tratamento com Cannabis medicinal, é importante contar com um minucioso acompanhamento especializado. Apesar de ainda haver poucos médicos prescritores no Brasil, já existem centros de excelência com esse foco. Um deles é a Medicina In, onde você pode realizar consultas on-line com médicos especializados que poderão avaliar seu caso. Agende uma consulta para iniciar tratamento com CBD para Alzheimer