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Caso real: Cannabis medicinal manteve a integridade de paciente autista

Conteúdo escrito e revisado
Medicina In Comitê Científico, atualizado em 25 de novembro de 2021
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Manter a integridade física do filho autista, na época com dois anos, era a principal preocupação da estudante de psicologia Fernanda Athagami, 37. Rafael foi diagnosticado com autismo severo quando tinha apenas dois anos. Hoje, com 10 anos, continua a não se comunicar, mas ele deixou de se agredir fisicamente. 

A mãe conta que ninguém conseguia impedi-lo de se machucar. Quando chegou na idade de ir para o colégio, ela foi chamada várias vezes ao conselho tutelar, equivocadamente. Os professores a denunciaram por suspeita de maus tratos, porque Rafael sempre apresentava hematomas no corpo. Não acreditavam na história de que ele se auto-mutilava.

Em uma das sessões do conselho, quando apareceu para depor, o filho teve uma crise e começou a bater com a cabeça na parede na frente do juiz. “Nesse momento, ele percebeu o tamanho do problema”, conta Athagami, que teve de comprar um capacete de contenção, para evitar traumas maiores na criança. Ele costumava bater a cabeça na parede tão forte, que uma vez chegou a romper uma artéria cerebral. 

Falta de preparo da equipe de socorristas

“Esse foi o meu pior trauma. Rafael chegou ao pronto-socorro, mas os enfermeiros não estavam aptos para tratar uma criança especial. Tiveram de chamar um neurologista”, conta. “Quando o médico chegou, ele explicou que meu filho não podia ser sedado, por causa dos remédios que tomava.” 

Rafael tomava anticonvulsivo, antipsicótico e estabilizante de humor, mas os remédios não melhoraram o quadro da criança, segundo o relato dela. A mãe explica que para fazer a sutura do corte, os enfermeiros enrolaram a criança em vários lençóis e, ainda assim, cinco pessoas foram chamadas para segurá-lo. 

Os fármacos intoxicam o fígado

Além de as crises continuarem, o menino começou a ter intoxicação no fígado. Erupções também começaram a aparecer na pele. Foi neste momento do tratamento, que Athagami viu na TV o tratamento de Cannabis medicinal

Ela perguntou ao neurologista, que atendia o menino, sobre um possível tratamento deste tipo. Assim como vários outros especialistas que visitou a seguir, o médico era totalmente contra a Cannabis medicinal. “Até que cheguei a uma associação de pacientes de Cannabis medicinal e depois a uma psiquiatra com experiência no tema. Daí tudo mudou”, conta. 

Rafael fez o desmame de todos os fármacos em um mês. Depois,  passou a tratar com CBD (canabidiol, substância derivada da Cannabis) o THC (tetrahidrocanabinol).

Cannabis interrompeu as crises e preservou a integridade física da criança

“Desde que começou com a Cannabis, há três anos, ele não teve mais crises”, conta a mãe. “Isso permitiu que Rafael  pudesse participar das terapias, das quais foi expulso por ser muito agressivo. Apesar dos terapeutas serem do SUS (Sistema Único de Saúde), eles não conseguiam lidar com Rafael antes da Cannabis.”

Hoje, o menino vai para a escola de van sem acompanhante. “O capacete está no armário, mas logo vou jogá-lo fora. Não vamos precisar mais dele”, diz a mãe, bem mais tranquila. 

Onde encontrar um médico que prescreve cannabis medicinal 

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IMPORTANTE: Este site não oferece tratamento ou aconselhamento imediato para pessoas em crise suicida. Em caso de crise, ligue para 188 (CVV) ou acesse o site www.cvv.org.br. Em caso de emergência, procure atendimento em um hospital mais próximo.
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