Fibromialgia

Dor intensa nas costas pode indicar fibromialgia

Conteúdo escrito e revisado
Medicina In Comitê Científico, atualizado em 25 de novembro de 2021
cannabis medicinal tratamento para fibromialgia

Uma dor constante e intensa nas costas, que se espalha por outras áreas do sistema músculo-esquelético, é o principal sintoma. Mas geralmente há alterações do sono e do humor, além de extrema fadiga. Se você estiver com esses sintomas quase sempre, fique atento, porque há grandes chances de ser fibromialgia– doença que pode ser incapacitante, se não houver o tratamento adequado.

O relato de uma paciente 

“Tive minha primeira crise durante a noite, enquanto dormia. É uma sensação horrível. Acordei desesperada no meu quarto, que até então era um dos lugares mais seguros da minha vida, e me senti como se tivessem invadido minha casa e estivessem me espancando”, relatou Jane Gimenes, paciente que enfrentou três anos de crises até chegar a um tratamento adequado de fibromialgia. Leia aqui o depoimento dela completo.

Estamos falando de uma doença crônica, que afeta 2% da população brasileira. De uma forma geral, as mulheres apresentam mais incidência do que os homens. Apesar da origem desconhecida, possivelmente, seja uma doença genética, pois atinge mais membros de uma mesma família. 

A dor intensa pode ser confundida com outras doenças 

Para ter o diagnóstico adequado, é necessário a análise clínica, o histórico do paciente, exames físicos e laboratoriais. A combinação de todos os resultados ajudam na exclusão de outras condições, com sintomas semelhantes. É o caso das doenças reumáticas, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico, que podem confundir o médico.

Analgésicos e antidepressivos no tratamento farmaco

Na maioria dos pacientes, a fibromialgia é uma condição crônica. O tratamento visa controlar a dor. Dependendo da intensidade dela, assim os medicamentos indicados. Quanto maior for a dor, mais potente será o remédio. Analgésicos simples são para dores mais leves. Conforme aumenta o desconforto, a pregabalina (eficaz para controle da dor) e então opiáceos (5,6). em casos extremos.

Provoca frequentemente impactos físicos, bem como psicológicos, o que leva a piora da qualidade de vida. Por exemplo, muitos pacientes podem apresentar grande dificuldade para realizar várias tarefas diárias e rotineiras justamente por causa das dores. A redução da mobilidade física leva à ansiedade e depressão. 

Os antidepressivos tricíclicos, benzodiazepínicos e de outros tipos também agem na melhora do quadro. O paciente dorme melhor, as dores diminuem e consequentemente o bom-humor volta a um nível e normalidade.

Porém, a associação dos medicamentos acima relacionados provocam efeitos adversos, em muitos casos. Isso dificulta a adesão ao tratamento, o que leva pacientes a conviverem com dores contínuas.

O tratamento psicológico também é muito importante, considerando a frequência de alteração no humor, tanto da ansiedade, como da depressão nessa população. Destaca-se a importância da prática de esporte, principalmente de exercícios aeróbios, pois  parecem reverter a sensibilidade aumentada à dor.

Pesquisa comprova que CBD age na dor da fibromialgia

Apesar de a Cannabis medicinal ter o uso relatado há milênios, o potencial farmacológico para o tratamento de doenças surgiu nos relatos científicos no século passado. Na década de 1940, ela foi sintetizada quimicamente pela primeira vez. Demoraram mais vinte anos, para os pesquisadores descobrirem as estruturas do CBD (Canabidiol) e do (THC) tetrahidrocanabinol. 

Na década de 1980, descobriu-se os receptores CB1 e CB2, esclarecendo algumas funções já bem descritas dos receptores canabinóides em humanos. Os dois receptores estão relacionados com o alívio das dores crônicas. 

Ao se ligarem à Cannabis, como um sistema chave-fechadura, interagem no sistema nervoso central. Deste modo, produzem efeitos analgésicos e psicoativos (somente o THC). O THC atua nos receptores endocanabinóides, resultando em redução da neurotransmissão.

Estudo publicado no The Journal of Pain, em maio deste ano, mostrou que 53,3 % dos pacientes com fibromialgia, que substituíram o uso de opióides por Cannabis medicinal (CBD:THC <0,3%) tiveram redução da dor, melhora da qualidade de sono e diminuição dos efeitos colaterais das medicações. Entre os doentes que compensaram a redução das doses de benzodiazepínicos pelo mesmo tipo de CBD, 23,1% reduziram as dores.

Os resultados mostram que a terapia canabinóide tem um futuro promissor como alternativa terapêutica para tratamento da fibromialgia e queixas relacionadas. 

Onde encontrar um médico que prescreve cannabis medicinal 

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IMPORTANTE: Este site não oferece tratamento ou aconselhamento imediato para pessoas em crise suicida. Em caso de crise, ligue para 188 (CVV) ou acesse o site www.cvv.org.br. Em caso de emergência, procure atendimento em um hospital mais próximo.
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