Evidências científicas sugerem que o tratamento com Cannabis medicinal reduz gravidade dos sintomas do estresse pós-traumático, transtorno psicológico que provoca casos extremos de ansiedade, medo intenso, pânico e impotência
O estresse pós-traumático pertence à categoria dos transtornos de ansiedade caracterizados pelo surgimento de um quadro clínico com sintomas de medo intenso, horror ou impotência.
A experiência traumática pode ter sido vivida ou testemunhada após envolvimento com morte, ferimento, ameaça real à vida ou risco à integridade física da pessoa.
Segundo Maiara Pereira Cunha e Lucienne Martins Borges, pesquisadoras do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 6,5% da população brasileira sofre de estresse pós-traumático.
Pesquisas científicas puderam observar que desequilíbrios no sistema endocanabinoide — importante aliado na regulação e equilíbrio de diversos processos fisiológicos do corpo humano — estão relacionados diretamente ao desenvolvimento e sustentação de quadros deste distúrbio psicológico.
Justamente por isso, há a possibilidade de que o organismo seja favorecido pelas propriedades terapêuticas do CBD (canabidiol) no combate dos seus sintomas.
Diante da disponibilidade e do aumento da procura pelo tratamento com Cannabis medicinal, há movimento entre pesquisadores para estudar sobre a possibilidade redução dos sintomas relacionados ao stress pós-traumático.
Os sintomas que identificam o estresse pós-traumático estão relacionados ao eixo experiência (vivenciamento), agitação, fuga (esquivamento) e alteração de humor.
Antes mesmo de haver início do tratamento do stress pós-traumático, deve-se confirmar a existência do transtorno.
Por isso, o mais recomendável é procurar um psicólogo. Com a confirmação, caso seja necessário, o tratamento tradicional já pode ser iniciado.
O tratamento tradicional de stress pós-traumático sempre deve ser conduzido e avaliado por um psicólogo ou um psiquiatra.
A partir do diagnóstico, o tratamento pode ocorrer em duas frentes: psicoterapia e farmacoterapia.
Psicoterapia
Por meio de conversas e atividades didáticas, e sob a supervisão de um psicólogo ou um psiquiatra, as sessões psicoterápicas ajudam a compreender, descobrir e superar os medos desenvolvidos durante a experiência traumática.
Farmacoterapia
Mesmo entre as pessoas que não possuem transtorno depressivo maior, a prescrição de antidepressivos é considerada o principal tratamento medicamentoso para quem sofre de stress pós-traumático.
Mirtazapina e Venlafaxina costumam ser os remédios recomendados com mais frequência.
Quando há sintomas de insônia e pesadelos durante o sono, o médico pode vir a receitar Olanzapina e Quetiapina — também usados como medicamentos antipsicóticos —, ou a Prazosina, adotada no tratamento de hipertensão arterial.
O uso do CBD no tratamento de estresse pós-traumático mobilizou comunidade científica nos EUA.
Marcel Bonn-Miller, professor de Psicologia e Psiquiatria da Escola Perelman de Medicina da Universidade da Pensilvânia, defende o canabidiol como a substância que trará a eficácia necessária no tratamento deste transtorno.
“Se você quer realmente tratar o stress pós-traumático, a maioria das evidências está apontando para o CBD.
No entanto, grande parte das pessoas com esse transtorno acaba optando por produtos com altos níveis de THC, o que pode ajudar no curto prazo, mas provavelmente irá piorar seus sintomas ao longo do tempo”, explica Bonn-Miller.
Na tentativa de levantar esta questão, Bonn-Miller atua ao lado de Sue Sisley, psiquiatra e ex-professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Arizona.
A partir do uso de Cannabis fornecida pelo Governo dos EUA e um protocolo aprovado pela FDA (Food and Drug Administration — agência reguladora federal de alimentos e remédios), os dois lideram o primeiro teste de controle randomizado sobre a eficácia da Cannabis medicinal para o stress pós-traumático.
Houve análise de quatro linhagens diferentes de Cannabis em veteranos militares resistentes ao tratamento: um lote com alto teor de THC, outro com alto teor de CBD, uma mistura com concentrações iguais de THC e CBD e um controle de placebo.
Sisley aponta que a insônia é uma característica marcante do stress pós-traumático, causada pelos pesadelos e flashbacks.
De acordo com a psiquiatra, se o tratamento com Cannabis medicinal ajudar os veteranos a atingir o sono reparador, já pode ser considerado um avanço.
“Até analisarmos todos os dados, não podemos tirar conclusões”, diz Sisley, referindo-se ao estudo do Arizona. “Mas posso dizer que tivemos quase 30 veteranos que completaram o protocolo de 10 semanas e o estudo está progredindo bem”, afirma.
Para garantir a eficácia do tratamento para estresse pós-traumático através da cannabis medicinal, é importante contar com um acompanhamento especializado de médicos experientes.
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