Ansiedade

Burnout é confundindo com cansaço passageiro

Conteúdo escrito e revisado
Medicina In Comitê Científico, atualizado em 30 de novembro de 2021
cannabis medicinal para síndrome de burnout

Muitas vezes, o Burnout é confundido com cansaço passageiro, porém é um distúrbio psiquiátrico importante. Segundo a Organização Mundial da Saúde (World Health Organization), ele tem relação com o estresse crônico, no local de trabalho, que não foi gerenciado com sucesso. Por isso, também tem o nome de síndrome do esgotamento do trabalho.

Ela nasce do acúmulo excessivo de tensão emocional e do excesso de trabalho, situações comuns em locais cuja pressão é constante. Médicos, enfermeiros, publicitários, jornalistas, policiais, professores e, mais recentemente, alunos universitários costumam ser vítimas da doença.

Durante a pandemia da COVID-19, o aumento de casos de Burnout foi muito expressivo. Por isso, profissionais da saúde da linha de frente de combate à pandemia, que trabalham em hospitais e centros de reabilitação, foram as maiores vítimas.

Os sintomas da síndrome: o burnout é confundido com cansaço passageiro

A saúde mental é cada vez mais discutida pela sociedade. Mas a pandemia exigiu ainda mais atenção à qualidade da vida cognitiva e emocional das pessoas. No auge da transmissão do vírus, diante do aumento do número de mortes, houve necessidade do isolamento social. Some isso ao consequente agravamento da crise econômica. Em outras palavras: a pressão foi maior do que em tempos normais.

Toda essa pressão citada acima causa ansiedade, nervosismo, tensão e medo. Há um sentimento de cansaço crônico. As pessoas ficam sujeitas a quadros depressivos e de ansiedade. Portanto fique atento aos três sinais a seguir:

1) sensação de esgotamento ou exaustão de energia;

2) aumento da distância mental do trabalho ou sentimentos de negativismo relacionados ao trabalho;

3) eficácia profissional reduzida.

A importância do diagnóstico realizado pelo especialista em saúde mental

Cuidado na auto-avaliação. Muitos pacientes não recorrem a um especialista por falta de informação. Na dúvida, procure um psiquiatra. É muito importante procurar um médicos especializado na saúde mental para fazer o diagnóstico. Um psicólogo também pode ajudar nisso.

Como tratar o distúrbio

Antidepressivo é a medicação que regula muitos dos sintomas, como a ansiedade, a falta de concentração e a irritação. A psicoterapia também tem relevância no tratamento. Ela pode levar à descoberta da causa geradora da síndrome e, assim, trabalhar maneiras de passar pelas adversidades com saúde.

A atividade física é outro recurso, não menos importante. Caminhadas, corridas e passeios de bike diminuem o estresse e a tensão, colaborando para o controle e diminuição dos sintomas. Além disso, os exercícios levam o organismo a produzir endorfina, substância que dá a sensação de prazer.

Não existe uma janela de tempo específica para o tratamento do burnout. Ela depende da resposta terapêutica de cada indivíduo e até do comprometimento na mudança do estilo de vida.

O Canabidiol (CBD) como alternativa terapêutica

O Canabidiol (CBD) é apenas um dos quase 200 fitocanabinóides já identificados na Cannabis sativa. Ao contrário de vários canabinóides, não é psicoativo (não causa o “barato”).  Além disso, tem muitas propriedades farmacológicas com ação em diversas condições neuropsiquiátricas. Nos últimos anos, destacou-se pela propriedade ansiolítica. A administração aguda diminui os sintomas ansiosos e melhora a qualidade do sono.

O pesquisador brasileiro José Crippa, chefe do departamento de Neurociência e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, publicou um estudo sobre o tema, no Jama New Open, este ano. Ele avaliou a eficácia do CBD em profissionais da saúde que desenvolveram Burnout durante a pandemia.  Os resultados mostraram eficácia segura na administração diária do CDB para reduzir ou prevenir a a exaustão emocional. 

A posologia diária de CBD (300 mg/dia) entre os profissionais de saúde da linha de frente no tratamento da COVID-19, combinada com cuidados padrão, reduziu os sintomas e diagnósticos de ansiedade, depressão e exaustão emocional.  

Os efeitos adversos que ocorrem em mais de 10% dos participantes foram: sonolência (28,8% dos participantes);

fadiga (22,9% );

aumento do apetite (16,1% );

diarréia (11% dos participantes);

ganho de peso (10 %);

letargia (10% ).

O Canabidiol (CBD) pode atuar na redução dos sintomas de burnout entre uma população com importantes necessidades de saúde mental em todo o mundo. Entretanto, é necessário equilibrar os benefícios com potenciais efeitos adversos e indesejáveis ao tomar decisões sobre o uso deste composto.

Futuros ensaios clínicos controlados por placebo duplo-cego são necessários para avaliar se as conclusões tiradas do presente estudo podem ser aplicadas de forma mais ampla.

Cannabis medicinal no tratamento de Burnout 

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IMPORTANTE: Este site não oferece tratamento ou aconselhamento imediato para pessoas em crise suicida. Em caso de crise, ligue para 188 (CVV) ou acesse o site www.cvv.org.br. Em caso de emergência, procure atendimento em um hospital mais próximo.

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