Tratamento com Cannabis medicinal demonstra eficiência na redução do impacto da dor crônica, mal que afeta 60 milhões de pessoas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira do Estudo da Dor (SBED)
A dor é definida como uma sensação desagradável produzida pela excitação de terminações nervosas sensíveis aos estímulos dolorosos, sendo classificada de acordo com características como lugar, tipo, intensidade, frequência, difusão e caráter.
Localizada em alguma parte do corpo, a dor costuma ser provocada por dano aos tecidos, como cortes, queimaduras ou inflamações, ou por meio de estímulos do sistema nervoso. Questões emocionais também podem influenciar a intensidade e a duração da dor em casos relacionados à ansiedade e à depressão, por exemplo.
No caso da dor crônica, há controvérsias quanto ao tempo determinado para classificá-la: para algumas fontes, são três meses; para outras, seis. A única referência, independente do tempo, é a mesma: a persistência do incômodo provocado no corpo, no estado emocional, ou ainda em casos de doenças crônicas.
A dor passa de sintoma para doença quando se mostra conectada a disfunções no sistema nervoso, nas fibras nervosas da região afetada, ou mesmo a enfermidades crônicas, como artrite reumatoide, artrose, fibromialgia ou câncer.
Os tipos de dor crônica variam conforme suas causas e a região do corpo afetada. É muito importante que um médico seja consultado, pois o tratamento mais adequado será direcionado com base na análise dos sintomas, além dos exames físicos realizados.
Esta variante de dor crônica aparece devido a uma lesão ou processo inflamatório dos tecidos da pele, interpretados como ameaça pelos sensores do sistema nervoso. Haverá persistência dessa dor enquanto não houver resolução da causa.
Possíveis causas: corte; queimadura; pancada; fratura; entorse; tendinite; infecção; contraturas musculares.
Ocorre devido a uma anomalia no sistema nervoso, seja no cérebro, seja na medula, ou mesmo nos nervos periféricos. Pode haver o surgimento dessa disfunção na forma de queimação, agulhadas ou formigamento.
Possíveis causas: Neuropatia diabética; Síndrome do túnel do carpo; Neuralgia do trigêmeo; Estreitamento do canal medular; desdobramentos de um quadro de AVC (Acidente Vascular Cerebral); Neuropatias de causas genéticas, infecciosas ou causadas por substâncias tóxicas.
Dor crônica causada por sintomas detectados na dor nociceptiva e neuropática, como também por causas desconhecidas.
Possíveis causas: Dor de cabeça; Hérnia de disco; Câncer; Vasculite; Osteoartrose que pode atingir diversas partes, tais como joelhos, coluna ou quadril.
O tratamento tradicional para a dor crônica envolve orientação multidisciplinar, com o uso de medicamentos para dor (analgésicos, anti-inflamatórios, opióides e antidepressivos) e o acompanhamento de profissionais de diversas áreas da saúde, como fisioterapeutas, psicólogos, acupunturistas e massagistas.
O uso de remédios deve respeitar os diversos graus de intensidade apresentados pela dor, ou seus “degraus”, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Analgésicos (Dipirona ou Paracetamol) e Antiinflamatórios (como Ibuprofeno ou Cetoprofeno) geralmente são prescritos quando a intensidade da dor é considerada leve.
Quando a dor não apresenta melhora com os tratamentos anteriores, a medicação usada pode evoluir para opióides fracos, como Tramadol e Codeína.
No caso de dor intensa, sem sinal de melhora com os tratamentos anteriores, além dos analgésicos ou antiinflamatórios, há prescrição de Opióides fortes, como Morfina, Metadona, Oxicodona ou Fentanil transdérmico, por exemplo.
Para o caso de alívio da tensão provocada nos estímulos nervosos, terapias alternativas são recomendadas para que seja melhorada a percepção corporal.
O tratamento com Cannabis medicinal pode ajudar de forma significativa na redução da dor crônica, segundo um novo estudo realizado pela Escola de Medicina de Harvard e o Hospital McLean, de Boston (EUA).
Ao todo, 37 pacientes se inscreveram para participar da pesquisa, segundo informa o site Pain News Network. Esses voluntários padeciam de diversas variantes da dor crônica, como neuropatia, dor articular e artrite reumatoide. O grupo foi observado durante seis meses enquanto tomava remédios à base de Cannabis.
Até então, os pacientes não haviam consumido aquela substância ou ao menos haviam deixado de consumi-la durante no mínimo um ano antes da pesquisa.
O estudo revela que, de maneira geral, quem consumiu Cannabis diariamente, durante seis meses, pôde experimentar avanços notáveis no estado de saúde. Eles relataram que passaram a sentir menos dor e ansiedade, bem como melhorias no sono e no humor.
Além disso, houve redução de 13% a 23% no consumo de Opioides, depois de três e seis meses de tratamento com Cannabis medicinal, respectivamente.
“Este estudo de pacientes de Cannabis medicinal com dor crônica proporciona provas preliminares de que o tratamento pode ser uma alternativa viável ou um tratamento complementar para ao menos alguns pacientes com dor crônica”, afirmou Staci Gruber, autora principal da pesquisa e professora associada de psiquiatria da Faculdade de Medicina de Harvard.
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